sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Rock Made in Portugal

Nunca fui um grande apreciador da música criada em Portugal, mas admito que por vezes surgem projecto bem interessantes.
No início dos anos oitenta foram vários projectos que com a violência de um terramoto rebentaram com a musiquinha chata que se fazia até então (salvo uma outra excepção como são os casos de Zeca Afonso e outros cantores de intervenção). Muito desse mérito cabe ao Rui Veloso (personagem que abomino) com o hit “Chico Fininho”, mas realço que muitos outros já andavam a batalhar por encher os ouvidos dos portugueses com o então chamado Rock Português. Destaco alguns dos revolucionários projectos de então:
- António Variações - uma musiquinha kitsch acompanhadas de letras simples mas com bastante impacto.
- GNR – Foi o primeiro grupo que eu vi actuar Ao Vivo. Actualmente é degradante ver e ouvir o Rui Reininho.
- Go Graal Blues Band – Foi vocalista deste grupo o Paulo Gonzo.
- Grupo de Baile – Chocou Portugal com a letra de Patchouly.
- Heróis do Mar – Na altura não existia o Scolari para “carregar” a bandeira de Portugal, mas existia esta banda de Novos Românticos que tanto levantou o orgulho português. O vocalista Rui Pregal da Cunha com as suas fatiotas ficava bem parecido com o Adam Ant.
- Iodo - Tiveram uma aparição fugaz mas tinham uma música que servia para irritar a minha avó.
- Jafumega – “Dá-me Lume” e “Latin’América” foram os dois grandes êxitos desta banda nortenha.
- Manuela Moura Guedes – Pois é, a jornalista da boca grande também cantou, e cantou muito bem uma música (“Foram Cardos Foram Prosas”) criada pelo madeirense Ricardo Camacho e com letra do Miguel Esteves Cardoso.
- Rádio Macau – Surgiram numa fase em que o Rock Português estava consolidado, mas tornaram-se numa das minhas bandas portuguesas preferidas.
- Salada de Frutas – Um grupo interessante até surgir a filha do José Águas para estragar tudo. “Se Cá Nevasse” possuía um dos refrões mais engraçados da altura.
- Sétima Legião - Um projecto do Ricardo Camacho e do Rodrigo leão, onde se misturava a música de raízes tradicionais (com instrumentos tipicamente portugueses) com um rock inteligente. É para mim o melhor projecto português de sempre.
- Táxi – Foi com este grupo que eu comecei a apreciar música cantada em português. Conhecia as letras todas do álbum “Cairo” (que vinha dentro de uma caixa redonda de metal que mais parecia uma caixa de chocolates).
- Trabalhadores do Comércio – Rock Português com sotaque vincadamente nortenho (“A Cançóm Quiu Abô Minsinoue”). Ainda estão editar trabalhos...
- UHF – António Manuel Ribeiro e o seu conjunto continuam em actividade, embora os músicos que acompanham o “Jim Morrison português” já não sejam os mesmos do início da carreira. O actual jornalista do programa “Fora de Campo” da RTP-Madeira – Zé Carvalho – foi o primeiro baterista do grupo e abandonou o mesmo após um acidente de automóvel.
- Xutos & Pontapés – Actualmente detesto este grupo. No entanto, reconheço que gostei muito de os ver Ao Vivo por alturas do “Circo de Feras”. Deviam ter abandonado a actividade há não sei quantos quilos atrás.

4 comentários:

Anónimo disse...

os SALADA de FRUTAS ao contrario do que dizes, a Lena ´D'Agua esteve la desde o 1º minuto. o Se Cá Nevasse, já foi depois de ela ter saido. Não o contrario!

Boris Vi. An? disse...

É bem verdade! Fiz confusão com a fase da Lena na Banda Atlântica. Tinha esquecido o grande éxito que foi o "olha o robot", mas que para mim é uma musiquinha muito tonta.

Anónimo disse...

Absolutamente de acordo em relação aos Sétima Legião. Grande grupo - o melhor em Portugal - e grandes concertos que me proporcionaram. Um deles junto com os meus amigos do peito (delas, claro) - onde tu estavas incluído!

Anónimo disse...

Lembrei-me de mais uns quantos grupos da altura, embora menos mediáticos. Os Roquivários (Cristina não vais me levar a mal, mas beleza é fundamental...), Street Kids (Propaganda), Meninos do Coro (Revolta no Zoo), CTT (Cogumelo), Roxigénio, Tantra...